O acordo entre o governo português e o MIT
Várias notícias têm vindo a público, com pormenores relativos ao acordo, que é assinado hoje, entre o governo português e o MIT. Por exemplo: no Diário Económico de ontem e no Público de hoje.
Destas notícias há alguns factos a salientar. Desde logo os montantes envolvidos. Noticia o DE:
São montantes elevados, cuja justificação não é inteiramente clara. Os objectivos enunciados poderiam provavelmente ser atingidos sem este investimento. Sempre houve colaboração com outras instituições, nomeadamente americanas, com financiamentos diversos.
A grande diferença é que se privilegia uma instituição em particular, sem que se perceba bem porquê.
O desejado efeito de contágio da "marca MIT", com o consequente aumento do prestigio das instituições parceiras portuguesas parece-me uma ilusão de concretização pouco provável.
Basta ver que os rankings de universidades costumam assentar em critérios mais objectivos de produtividade (ver, por exemplo, o Academic Ranking of World universities 2006, onde o MIT aparece em 5º lugar, atrás de Cambridge, que é 2ª neste ranking).
Várias notícias têm vindo a público, com pormenores relativos ao acordo, que é assinado hoje, entre o governo português e o MIT. Por exemplo: no Diário Económico de ontem e no Público de hoje.
Destas notícias há alguns factos a salientar. Desde logo os montantes envolvidos. Noticia o DE:
Apenas metade das verbas previstas no Acordo com o MIT, 32,5 milhões, será canalizada para as instituições de ensino superior e de investigação portuguesas .
O total do Programa MIT- Portugal prevê um investimento de 65 milhões de euros no prazo de cinco anos, investimento publico que será transferido até 2011. Mas o “montante global de financiamento público estimado para financiar programas de colaboração com o MIT e outras instituições portuguesas envolve um valor estimando de 140 milhões de euros” para a “capacitação científica das instituições nacionais e ao desenvolvimento de programas de doutoramento.
Para já o programa prevê o lançamento de 4 programas de especialização e formação avançada, quatro programas de doutoramento e quatro áreas de investigação que permitirão concluir cerca de 320 diplomas de especialização nos próximos cinco anos."
São montantes elevados, cuja justificação não é inteiramente clara. Os objectivos enunciados poderiam provavelmente ser atingidos sem este investimento. Sempre houve colaboração com outras instituições, nomeadamente americanas, com financiamentos diversos.
A grande diferença é que se privilegia uma instituição em particular, sem que se perceba bem porquê.
O desejado efeito de contágio da "marca MIT", com o consequente aumento do prestigio das instituições parceiras portuguesas parece-me uma ilusão de concretização pouco provável.
Basta ver que os rankings de universidades costumam assentar em critérios mais objectivos de produtividade (ver, por exemplo, o Academic Ranking of World universities 2006, onde o MIT aparece em 5º lugar, atrás de Cambridge, que é 2ª neste ranking).
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