Ainda o acordo com o MIT
A escolha das universidades que participam neste acordo (nesta fase apenas 7) é outra questão contensiosa. Os reitores, através do CRUP, já expressaram algumas críticas, mal respondidas pelo ministro Gago. De acordo com o Público:
Claro que não será só o CRUP a ter, eventualmente, objectivos menos confessáveis (como insinua o ministro Gago). Repare-se noutra notícia do Público:
Curiosamente, o actual ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior também é do IST.
O IST era a única instituição com quem inicialmente seria feito o acordo com o MIT, o que deu na altura enorme polémica, que acabou no actual acordo, mais inclusivo.
Não deixo de reconhecer a enorme competência do Manuel Heitor e do seu Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento, mas não ajuda a acreditar na transparência do processo. Aliás, existe pelo menos outro Centro de Investigação ligado ao Desenvolvimento e ao Ensino Superior que, tanto quanto sei, não foi envolvido neste processo de acordo com o MIT, mas faria todo o sentido que tivesse sido: o CIPES, ligado à Fundação das Universidades Portuguesas (não confundir com o CRUP!).
O CIPES produziu inclusivamente um estudo intitulado "The Internationalisation of Portuguese Higher Education Institutions", que me parece de toda a pertinência para este assunto, uma vez que o governo enunciou como objectivo principal do acordo com o MIT:
A escolha das universidades que participam neste acordo (nesta fase apenas 7) é outra questão contensiosa. Os reitores, através do CRUP, já expressaram algumas críticas, mal respondidas pelo ministro Gago. De acordo com o Público:
Reitores descontentesQue não houve tranparência no processo é um facto. O que isso tem a ver com "diferenciação" ou com "puxar para baixo" não se percebe! O que se verifica é que o MCTES parece cada vez mais interessado em substituir-se às universidades em coisas aparentemente tão corriqueiras como fazer acordos com outras instituições!
Descontente pela forma como o processo foi conduzido, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), diz que a ausência de candidaturas e de concursos públicos, "num acordo desta envergadura, impede a transparência e a objectividade". Recomenda, no entanto, "às universidades seleccionadas directamente pelo Ministério" que assinem o contrato.
Mariano Gago responde que "o trabalho com o MIT foi todo feito com os centros de investigação e com as universidades, que são os parceiros do acordo. O Conselho de Reitores não é parceiro, representa as universidades colectivamente. O trabalho de reforma do sistema universitário e do sistema científico é de diferenciação, não de puxar para baixo".
Claro que não será só o CRUP a ter, eventualmente, objectivos menos confessáveis (como insinua o ministro Gago). Repare-se noutra notícia do Público:
As recomendações do grupo de trabalho vão ao ponto de sugerir o nome de Paulo Manuel Cadete Ferrão como futuro director do programa. Paulo Ferrão é actualmente director do Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento, no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. “Ficámos muito impressionados por todas as nossas interacções com ele durante este período de avaliação”, refere o relatório [relatório de avaliação, preparado por uma comissão do MIT e datado de 29 de Agosto passado]. “Ele tem o melhor conhecimento do objectivo central do desenvolvimento de programas de engenharia de sistemas em Portugal”.O interessante é que "Paulo Ferrão é actualmente director do Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento, no Instituto Superior Técnico", centro criado e dirigido até 2005 pelo actual Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
Curiosamente, o actual ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior também é do IST.
O IST era a única instituição com quem inicialmente seria feito o acordo com o MIT, o que deu na altura enorme polémica, que acabou no actual acordo, mais inclusivo.
Não deixo de reconhecer a enorme competência do Manuel Heitor e do seu Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento, mas não ajuda a acreditar na transparência do processo. Aliás, existe pelo menos outro Centro de Investigação ligado ao Desenvolvimento e ao Ensino Superior que, tanto quanto sei, não foi envolvido neste processo de acordo com o MIT, mas faria todo o sentido que tivesse sido: o CIPES, ligado à Fundação das Universidades Portuguesas (não confundir com o CRUP!).
O CIPES produziu inclusivamente um estudo intitulado "The Internationalisation of Portuguese Higher Education Institutions", que me parece de toda a pertinência para este assunto, uma vez que o governo enunciou como objectivo principal do acordo com o MIT:
O Governo assinou a 25 de Fevereiro um acordo de colaboração com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) que, segundo declarações do primeiro-ministro, na altura, visa a internacionalização do conhecimento português e pô-lo a o serviço do crescimento económico do país. (in Público Online)
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