Prós e Contras sobre o futuro do ensino superior
Finalmente tempo para escrever algumas reflexões acerca do "Prós e Contras" sobre (supostamente) "O futuro do ensino superior", de 27 de Novembro de 2006.
A demora contribuiu, no entanto, para ir assentando ideias.
A primeira nota vai para o pouco debate público acerca do programa. Tirando o que li nalguns blogues (JV Costa, Polikê?, Que Universidade?), pouca análise vi.
Para além disso, tenho a sensação que, para o público em geral, o debate não foi minimamente esclarecedor e contribuiu para estabelecer ou reforçar ideias como: que a maioria dos reitores das universidades são realmente incompetentes ou, pelo menos, incapazes de se fazer compreender; que as universidades são instituições imobilistas e despesistas; que o ministro tem de cortar nos respectivos orçamentos para forçar mudanças necessárias (não se sabe bem quais); que falta de legislação fundamental; que as universidades privadas fazem o mesmo que as públicas com muito menos dinheiro; que os politécnicos não existem!
O nível geral do debate foi morno, destacando-se apenas pela positiva o desempenho do reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa (o único a quem a generalidade das pessoas reconheceram competência; não foi por acaso que foi o escolhido para estar no palco) e do Prof. Adriano Moreira. Ainda assim receio que a intervenção deste último possa não ter sido compreendida, porque me parece que foi marcante para os espectadores essencialmente pela autoridade que emana e respeito que impõe. Até a apresentadora, Fátima Ferreira, se absteve de gerir esta intervenção, o que não é comum.
Uma última nota para o péssimo desempenho (não sei a que título) do sidekick do ministro! O que estava ali a fazer o Prof. Luís Moniz Pereira? Foi apresentado como professor da UNL, não se percebendo a razão da escolha. Não foi certamente como representante sindical...
Nas próximas entradas irei analisar aspectos específicos sobre o futuro do ensino superior relacionados, mais ou menos directamente, com este debate.
A demora contribuiu, no entanto, para ir assentando ideias.
A primeira nota vai para o pouco debate público acerca do programa. Tirando o que li nalguns blogues (JV Costa, Polikê?, Que Universidade?), pouca análise vi.
Para além disso, tenho a sensação que, para o público em geral, o debate não foi minimamente esclarecedor e contribuiu para estabelecer ou reforçar ideias como: que a maioria dos reitores das universidades são realmente incompetentes ou, pelo menos, incapazes de se fazer compreender; que as universidades são instituições imobilistas e despesistas; que o ministro tem de cortar nos respectivos orçamentos para forçar mudanças necessárias (não se sabe bem quais); que falta de legislação fundamental; que as universidades privadas fazem o mesmo que as públicas com muito menos dinheiro; que os politécnicos não existem!
O nível geral do debate foi morno, destacando-se apenas pela positiva o desempenho do reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa (o único a quem a generalidade das pessoas reconheceram competência; não foi por acaso que foi o escolhido para estar no palco) e do Prof. Adriano Moreira. Ainda assim receio que a intervenção deste último possa não ter sido compreendida, porque me parece que foi marcante para os espectadores essencialmente pela autoridade que emana e respeito que impõe. Até a apresentadora, Fátima Ferreira, se absteve de gerir esta intervenção, o que não é comum.
Uma última nota para o péssimo desempenho (não sei a que título) do sidekick do ministro! O que estava ali a fazer o Prof. Luís Moniz Pereira? Foi apresentado como professor da UNL, não se percebendo a razão da escolha. Não foi certamente como representante sindical...
Nas próximas entradas irei analisar aspectos específicos sobre o futuro do ensino superior relacionados, mais ou menos directamente, com este debate.
2 Comentários:
Hoje cheguei a este seu blog, via post do “Que Universidade?”.
Vejo, que de vez em quando publica posts sobre Educação Terciária, e de uma forma geral com crítica e comentários muito oportunos.
Relativamente, ao seu anterior post, sobre o mesmo assunto Prós e Contras, tentei redigir-lhe um comentário de apoio; mas penso que não consegui que lhe chegasse ao conhecimento, como seria necessário. Troquei de plataforma de blog para uma versão Beta e tenho tido problemas com a identificação do meu beco de Internet.
Para mim, os "Prós e Contras" não chegou a ser um debate sobre o ensino superior, mas acabou por ser suficientemente esclarecedor, sobre a situação que vivemos para a resolução destes assuntos.
Obrigada, por neste seu espaço também cooperar nesta temática.
A teoria "do mais um que se interessa" é importantíssima para todos chegarmos a bom porto, apesar dos timoneiros das embarcações "desta regata de águas bravias".
Meu caro,
discordo da maioria das análises mas não sei se me apetece explicar porquê. Mas há um esclarecimento que me apetece dar e que pode ajudar a perceber o side kick...
O Prof. Moniz Pereira sempre teve umas posições um tanto radicais. Há já muito que tenta alimentar os sucessivos ministérios, e já agora a agenda dos sindicatos, com as suas propostas ultra-managerialistas.
Não concordo com a generalidade das suas propostas. Mas, há só um ponto em que lhe dou razão: há que avaliar e há que premiar o mérito.
De resto, se estes são os nossos amigos (colegas), o que dizer dos inimigos...
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