domingo, outubro 22, 2006

As motivações do MIT, da CMU e da UTA

O Diário Económico continua a seguir com algum cuidado as questões do momento da vida das universidades. Na edição da passada terça feria (17/10/2006) noticiou algumas reacções aos acordos do governo português com universidades americanas, agora a propósito do acordo com a Carnegie Mellon University (CMU).

Nesta notícia refere-se:
A Universidade de Carnegie - Mellon (CMU), o próximo parceiro internacional, poderá instalar um pólo em Portugal. O projecto em estudo previa a criação de um ‘Cyb Lab’, um centro de investigação em ciber-segurança, seguindo os modelos de cooperação que já foram instalados na Coreia e no Japão.
O memorando de entendimento assinado há nove meses prevê ainda o lançamento de um programa de pós-graduações - mestrados, doutoramentos e investigação - com a universidade norte-americana.
Ora a possibilidade da CMU instalar um pólo em Portugal (ou qualquer outra universidade) remete imediatamente para os motivos, que ficam mais claros lendo um artigo publicado pela Newsweek intitulado The Boom in Satellite Campuses:
For their part, the incoming institutions get the chance to internationalize their reputations and build a global brand. "Sitting here in the United States, we see the world changing and evolving, with economic development moving to the Pacific, and we would like to be part of that world," says Mark Kamlet, provost of Carnegie Mellon University in Pennsylvania, which has a second base in Qatar. A stint overseas gives the teaching staff a broader international perspective as well as the chance to scout for possible postgraduate talent, while home students welcome the possibility of study overseas at a familiar institution.
Repare-se na coincidência da citação ser precisamente dum responsável da CMU, embora referente a outro contexto geográfico.

Mais importante é a última frase: como já alertei neste blog, há o perigo real dum "brain drain" acrescido, ao permitir detectar as pessoas realmente brilhantes ou promissoras (chance to scout for possible postgraduate talent), sem que as instituições portuguesas tenham possibilidades realistas de competir no respectivo recrutamento.

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