Liberalizações no mercado da energia eléctrica
Para o caso de (ainda) alguém ter dúvidas sobre o efeito da liberalização do mercado de energia eléctrica, o caso americano, com uma experiência de 10 anos, pode ajudar. No New York Times de hoje (o acesso, apesar de gratuito, requer registo) saiu o 1º artigo de uma série sobre este assunto:
Os resultados produzidos pela liberalização do mercado das telecomunicações, em termos de preços ao consumidor, resultam principalmente de mudanças tecnológicas revolucionárias no sector. Nada de semelhante ocorreu na produção e distribuição de energia eléctrica. Aliás, podemos esperar algo semelhante em relação ao sector da água, com resultados igualmente desastrosos para o bolso do consumidor. Neste caso, há ainda preocupações adicionais relativamente à garantia da qualidade do produto.
A única vantagem (admitindo que as empresas não entram em esquemas duvidosos de aumento desonesto de lucros...): pagar o custo real da energia eléctrica e da água que consumimos pode levar a poupanças e a uma redução da pegada ecológica (ver entrada neste blog), com efeitos agradáveis sobre a sustentabilidade global da nossa existência.
POWER PLAYApenas uma breve citação:
Competitive Era Fails to Shrink Electric Bills
By DAVID CAY JOHNSTON
A decade after the electricity business was opened to competition, the market has not produced a drop in prices.
[...] A decade after competition was introduced in their industries, long-distance phone rates had fallen by half, air fares by more than a fourth and trucking rates by a fourth. But a decade after the federal government opened the business of generating electricity to competition, the market has produced no such decline. [...]Embora a analogia entre as telecomunicações e a energia eléctrica seja frequente, não há praticamente nada em comum entre as duas industrias actualmente.
[...] The disappointing results stem in good part from the fact that a genuinely competitive market for electricity production has not developed. [...]
Os resultados produzidos pela liberalização do mercado das telecomunicações, em termos de preços ao consumidor, resultam principalmente de mudanças tecnológicas revolucionárias no sector. Nada de semelhante ocorreu na produção e distribuição de energia eléctrica. Aliás, podemos esperar algo semelhante em relação ao sector da água, com resultados igualmente desastrosos para o bolso do consumidor. Neste caso, há ainda preocupações adicionais relativamente à garantia da qualidade do produto.
A única vantagem (admitindo que as empresas não entram em esquemas duvidosos de aumento desonesto de lucros...): pagar o custo real da energia eléctrica e da água que consumimos pode levar a poupanças e a uma redução da pegada ecológica (ver entrada neste blog), com efeitos agradáveis sobre a sustentabilidade global da nossa existência.
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