Detalhes dos acordos com MIT, CMU e UTA
Saiu hoje em Diário da República a Resolução do Conselho de Ministros nº 132/2006, que explica com algum detalhe os programas acordados entre a FCT e o MIT, a CMU e a UTA, bem como os montantes envolvidos.
Vale a pena ler. Continuo a achar que nos vai custar demasiado dinheiro para os benefícios potenciais e continuo a achar contraditória esta despesa com deixar as universidades em graves dificuldades financeiras. O que é prioritário?
Também é interessante ver como os parceiros americanos vêem e publicitam estes mesmos programas. Para tal basta dar um salto ao site do MIT. Nos sites da CMU e da UTA ainda não encontrei nada sobre este assunto.
Mas encontrei na UTA a notícia de que receberam da NSF 59 milhões de dólares para construirem um supercomputador (400 Teraflops). Para comparar, a Espanha tem em Barcelona o 11º supercomputador a nível mundial (com cerca de 42 Teraflops, dados da lista de Junho de 2006). Ver na lista Top 500 Supercomputers.
Ora, 59 milhões de dólares são cerca de 47 milhões de euros. Como o governo português vai gastar mais de 70 milhões de euros só em pagamentos às três instituições americanas (sem contar com o que vai pagar às nacionais...), surgiu-me a ideia: porque é que não investimos antes o dinheiro numa infraestrutura de supercomputação?
Lendo o site do Centro de Computação da UTA e o comunicado da NSF percebe-se imediatamente a importância ENORME duma infraestrutura deste género (investigação, parcerias com a indústria, desenvolvimento de conhecimento nas áreas da computação avançada, etc.).
Além disso, a infraestrutura ficaria sempre em Portugal (embora com custos de manutenção elevados). Podemos dizer o mesmo dos recursos humanos que irão ser formados no âmbito dos programas com o MIT, a CMU e a UTA? Não corremos o sério risco de estar a co-financiar a formação de pessoas que irão trabalhar precisamente para estas instituições, se se revelarem realmente excelentes?
Está bom de ver que não temos hipóteses de os reter em Portugal com as oportunidades de emprego que por cá abundam para profissionais altamente qualificados.
As universidades não os poderão contratar. Não têm dinheiro para lhes pagar. E mesmo que tivessem, poderiam competir com os salários oferecidos pelas congéneres dos EUA?
Vale a pena ler. Continuo a achar que nos vai custar demasiado dinheiro para os benefícios potenciais e continuo a achar contraditória esta despesa com deixar as universidades em graves dificuldades financeiras. O que é prioritário?
Também é interessante ver como os parceiros americanos vêem e publicitam estes mesmos programas. Para tal basta dar um salto ao site do MIT. Nos sites da CMU e da UTA ainda não encontrei nada sobre este assunto.
Mas encontrei na UTA a notícia de que receberam da NSF 59 milhões de dólares para construirem um supercomputador (400 Teraflops). Para comparar, a Espanha tem em Barcelona o 11º supercomputador a nível mundial (com cerca de 42 Teraflops, dados da lista de Junho de 2006). Ver na lista Top 500 Supercomputers.
Ora, 59 milhões de dólares são cerca de 47 milhões de euros. Como o governo português vai gastar mais de 70 milhões de euros só em pagamentos às três instituições americanas (sem contar com o que vai pagar às nacionais...), surgiu-me a ideia: porque é que não investimos antes o dinheiro numa infraestrutura de supercomputação?
Lendo o site do Centro de Computação da UTA e o comunicado da NSF percebe-se imediatamente a importância ENORME duma infraestrutura deste género (investigação, parcerias com a indústria, desenvolvimento de conhecimento nas áreas da computação avançada, etc.).
Além disso, a infraestrutura ficaria sempre em Portugal (embora com custos de manutenção elevados). Podemos dizer o mesmo dos recursos humanos que irão ser formados no âmbito dos programas com o MIT, a CMU e a UTA? Não corremos o sério risco de estar a co-financiar a formação de pessoas que irão trabalhar precisamente para estas instituições, se se revelarem realmente excelentes?
Está bom de ver que não temos hipóteses de os reter em Portugal com as oportunidades de emprego que por cá abundam para profissionais altamente qualificados.
As universidades não os poderão contratar. Não têm dinheiro para lhes pagar. E mesmo que tivessem, poderiam competir com os salários oferecidos pelas congéneres dos EUA?
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