Em tempos idos (1999) escrevi um artigo no jornal "Terras da Beira" sobre a desgraça que era, na realidade da altura, o acesso à Internet nas escolas públicas portuguesas. Na altura fui "flamejado" por não saber do que falava (por ser professor do ensino superior; como poderia eu saber alguma da realidade das escolas??).
Mas sei e cada vez mais. Lido diariamente com professores, oriento estágios de professores do ensino básico e secundário e desloco-me com frequência a diversas escolas.
Bem, a situação melhorou, mas pouco! Dei com preciosa informação sobre este estado de coisas nos EUA ( Internet Access in U.S. Public Schools and Classrooms: 1994-2003 ), o que me levou a voltar a reflectir sobre este assunto.
Note-se que os dados apresentados referem-se a 2003... Mas é interessante comparar a situação. Já nessa altura quase 95% das escolas públicas americanas (ensino básico e secundário) estava ligadas à Internet em banda larga.
Coisa que só agora o governo português conseguiu reclamar (exagerando: reclamou uma taxa de ligação em banda larga de 100%, embora haja dúvidas sobre o que significa 100% neste caso: quase? menos um bocadinho? enfim, algumas escolas não estão certamente ligadas em banda larga; quantas e quais não sabemos bem).
Mas já na altura do referido artigo do "Terras da Beira" eu referia que não basta estabelecer a ligação, embora seja um passo óbvio. Há que garantir o real acesso de todos!
Claro que não estamos sequer perto de 1 computador ligado à net para cada 4,4 alunos, como se lê no inquérito americano. Nem de 93% de todas as salas de aula ligadas à Internet (com pelo menos um PC)!
Seja como for, corro o risco de voltar a ser criticado por contestar esta situação. Claro que podem sempre dizer que visito as escolas erradas, que são as únicas do país onde a situação é má.
Bem gostava eu que tal fosse verdade. Afinal, são escolas transmontanas. Mas rurais e urbanas. Algumas de capitais de distrito (há duas em Trás-os-Montes e Alto Douro: Vila Real e Bragança).
Ainda assim, o ideal seria conduzir um inquérito sério sobre este assunto, nos moldes do americano que citei, e averiguar a realidade no terreno, sem demagogias.
E depois tentar resolver as carências... se as houver.
Nota final: relendo o artigo que escrevi no "Terras da Beira" verifico que, curiosamente, o ministro é agora o mesmo que em 1999 suscitou esse meu artigo. Aliás, por causa de uma ideia que nunca se materializou! Sempre teria eu alguma razão!
Mas sei e cada vez mais. Lido diariamente com professores, oriento estágios de professores do ensino básico e secundário e desloco-me com frequência a diversas escolas.
Bem, a situação melhorou, mas pouco! Dei com preciosa informação sobre este estado de coisas nos EUA ( Internet Access in U.S. Public Schools and Classrooms: 1994-2003 ), o que me levou a voltar a reflectir sobre este assunto.
Note-se que os dados apresentados referem-se a 2003... Mas é interessante comparar a situação. Já nessa altura quase 95% das escolas públicas americanas (ensino básico e secundário) estava ligadas à Internet em banda larga.
Coisa que só agora o governo português conseguiu reclamar (exagerando: reclamou uma taxa de ligação em banda larga de 100%, embora haja dúvidas sobre o que significa 100% neste caso: quase? menos um bocadinho? enfim, algumas escolas não estão certamente ligadas em banda larga; quantas e quais não sabemos bem).
Mas já na altura do referido artigo do "Terras da Beira" eu referia que não basta estabelecer a ligação, embora seja um passo óbvio. Há que garantir o real acesso de todos!
Claro que não estamos sequer perto de 1 computador ligado à net para cada 4,4 alunos, como se lê no inquérito americano. Nem de 93% de todas as salas de aula ligadas à Internet (com pelo menos um PC)!
Seja como for, corro o risco de voltar a ser criticado por contestar esta situação. Claro que podem sempre dizer que visito as escolas erradas, que são as únicas do país onde a situação é má.
Bem gostava eu que tal fosse verdade. Afinal, são escolas transmontanas. Mas rurais e urbanas. Algumas de capitais de distrito (há duas em Trás-os-Montes e Alto Douro: Vila Real e Bragança).
Ainda assim, o ideal seria conduzir um inquérito sério sobre este assunto, nos moldes do americano que citei, e averiguar a realidade no terreno, sem demagogias.
E depois tentar resolver as carências... se as houver.
Nota final: relendo o artigo que escrevi no "Terras da Beira" verifico que, curiosamente, o ministro é agora o mesmo que em 1999 suscitou esse meu artigo. Aliás, por causa de uma ideia que nunca se materializou! Sempre teria eu alguma razão!