Qualidade no Ensino Superior
A promoção da qualidade nas instituições de ensino superior (IES) deve começar internamente, como aliás é sugerido em diversos documentos (EUA, ENQA, entre outros).
Um bom exemplo surge agora no Instituto Politécnico de Leiria. Noticia o Jornal de Negócios no Blog de Campus:
Com o objectivo de monitorizar as actividades que desenvolve e de estimular a eficiência, o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) instituiu um conselho para a avaliação e qualidade – na prática, assemelha-se a uma agência externa implementada a partir de dentro. Entre os oito membros externos que compõe o conselho, destaque para o presidente do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (órgão a extinguir no âmbito do PRACE), Adriano Moreira.
Curiosa a formulação: “agência externa implementada a partir de dentro”. Trata-se, portanto, de uma agência interna de avaliação e promoção da qualidade.
Penso que todas as IES deveriam ter uma unidade destas a funcionar há já algum tempo. De facto, não conheço muitas... E ainda menos nestes moldes, com um conselho composto por diversos membros externos à instituição.
Claro que não basta opiniões externas, por mais competentes e avisadas que sejam. Depois do diagnóstico é preciso propor soluções e implementá-las. Por isso, considero indispensável que as IES tenham estruturas técnicas competentes para levar a cabo estas fases.
Em particular no que se refere ao ensino, penso que todas as IES deveriam possuir estruturas capazes de acreditar internamente os processos de formação, mas também contribuir para uma aprendizagem colectiva e uma melhoria contínua da qualidade desses mesmos processos. Por isso, não devem ser meras estruturas de apoio técnico, sendo essencial que desenvolvam também funções de investigação, disseminação de informação e formação/desenvolvimento profissional dos docentes da respectiva IES.
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